Amar: verbo transitivo



 
     

       Das vezes que eu havia amado alguém acabei sofrendo. Das vezes em que eu achava que ia ser feliz, eu também sofri. Então, prometi nunca mais amar alguém, não por fraqueza, mas por proteção de minha integridade emocional. Amar deveria ser unicamente sinônimo de felicidade, mas há casos em que conjugar esse verbo torna-se extremamente penoso.
Amar, segundo nossa gramática, é um verbo transitivo, aquele que precisa de complemento. E quem não quer ser completo? Quem não quer ser protegido e amado? Atire a primeira pedra aquela que nunca quis ficar encolhidinha no abraço de alguém. E se é para revelar, admito: sou ré confessa. Tenho fragilidades, medos (os mais absurdos) e tenho sonhos também...
Se agora me sinto triste e lágrimas escorregam dos meus olhos transbordando minha alma, é porque me agarrei a um único segundo de lucidez que tive. Porque o amor é tão inconseqüente que consegue nos deixar sem rumo, sem norte. É difícil deixar a razão falar e mais difícil ainda dizer não quando seu coração quer dizer todos os “sins” do universo. Sinceramente, não posso lamentar. Eu fiz a escolha. Eu decidi encerrar esse capítulo da minha vida. Mas me reservo o direito de ficar triste, na fossa.
Aquele homem que me dizia as coisas mais lindas que uma mulher poderia ouvir, que me fazia sentir cuidada, protegida, e que me fez ver o lado bom de tudo, também me estimulou a ser uma pessoa melhor. Ele também mostrou o quanto sou importante e que meu valor é inestimável... E se alguém me perguntar se um homem apesar de todos os seus defeitos, pode ser perfeito, eu vou responder com absoluta certeza, que sim.





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As vezes uma brisa, as vezes um livro, as vezes uma música, as vezes um sorriso, as vezes uma lágrima, as vezes tudo, as vezes nada e sempre uma contradição.