tag:blogger.com,1999:blog-5369492540303502472024-02-21T00:29:15.606-03:00Rapsódia de AfetosDébora Guedeshttp://www.blogger.com/profile/03628887896595550558noreply@blogger.comBlogger52125tag:blogger.com,1999:blog-536949254030350247.post-40928110860368294692013-08-04T01:23:00.001-03:002013-08-04T01:23:09.994-03:00Gratidão<div align="justify">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_4HfB7RkXdcz_6wZLpM3-EU-dOqw3hSbIZ4eMkHVQoy_htoDbTSr-k0hNJjqV8vND6UrESTeNnrSjjuVyBe9FH2248n89Xf9eyDzc6eq7ZTJTv7aMbwG-H9ShAJdKnr273N6vt3ytQH-C/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="199" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_4HfB7RkXdcz_6wZLpM3-EU-dOqw3hSbIZ4eMkHVQoy_htoDbTSr-k0hNJjqV8vND6UrESTeNnrSjjuVyBe9FH2248n89Xf9eyDzc6eq7ZTJTv7aMbwG-H9ShAJdKnr273N6vt3ytQH-C/s320/images.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="color: #cc0000; font-size: 180%;">Q</span>uando
a vi pela primeira vez foi simpatia à primeira vista. Seu jeito meigo,
sorridente, sua voz mansa a passar o conhecimento com um carinho
descomunal foi os primeiros atributos que chamaram minha atenção para
aquela mulher com olhar e jeito de menina.</div>
<br />
<div align="justify">
Seu
porte alto, seu jeito britânico com o calor tupiniquim a diferenciava
dos demais professores... Parecia até que ela havia saído de uma
história de contos de fadas e ganhado vida. Eu sempre quis conhecer mais
dessa pessoa que eu começava a admirar. Muito reservada, trazia em seu
semblante a ética e o amor pela profissão exercida e então, passei a
observa-la...</div>
<br />
<div align="justify">
Como contadora
de histórias, queria ouvir, ver, sentir aquela criatura que tanto tinha
para contar. Porém, não foram necessários depoimentos, nem xícaras e
xícaras de café ou madrugadas de conversa para enxergar a pessoa tão
humana que eu tinha como mestra. </div>
<br />
<div align="justify">
Digo
isso, porque certa vez, quando passei por uma situação de paixonite
platônica, usei de seu ouvido amigo para contar o que havia dentro do
coração. Lembro-me como se fosse hoje: </div>
<br />
<div align="justify">
- Professora, você tem um tempinho para me ouvir?</div>
<br />
<div align="justify">
- Claro. - Ela respondeu. </div>
<br />
<div align="justify">
E
quando todos os alunos saíram da sala, sentei-me perto dela e sua
primeira atitude foi olhar dentro dos meus olhos. Jamais vou esquecer
dessa cena. Ela procurou meu olhar e nos olhos dela pude ver escrito:
"Tudo bem, pode confiar, estou aqui para te ajudar". </div>
<br />
<div align="justify">
Contei o que me angustiava, sorri e me senti mais leve. Quando uma lágrima teimou cair, ela carinhosamente a enxugou...</div>
<br />
<div align="justify">
Quando
o semestre encerrou, pedi para acompanha-la como aluna na instituição a
qual ela trabalha, no intuito de aprender na prática o que vi em
teoria. Ela concordou. Foi então que vi as maiores demonstrações de
afeto daquela criatura por seus pacientes. Na primeira vez que cheguei,
quando fui apresentada ao primeiro paciente que seria a porta do meu
aprendizado prático, observei que ela, vendo a limitação do paciente,
escovou os dentes dele com toda presteza do mundo. Outro dia, a vi
penteando o cabelo de um outro e mostrando o espelho para que ele
percebesse como estava bonito. Depois, eu a vi ouvir as queixas de um
terceiro com toda atenção e zelo que as pessoas merecem.</div>
<br />
<div align="justify">
Daí,
percebi que ela não dava apenas aulas repletas de boa didática e que
seus ensinamentos ultrapassavam os limites acadêmicos. Seus ensinamentos
são repletos de exemplos para toda a vida. </div>
<br />
<div align="justify">
A
você, professora Vannessa Almeida, que hoje completa mais um ano de
vida entre nós, dedico minha enterna admiração, gratidão e meu mais
profundo respeito.<br />
<br />
Muito obrigada por ensinar sobre a vida!</div>
<br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />Débora Guedeshttp://www.blogger.com/profile/03628887896595550558noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-536949254030350247.post-38191108588153067052013-08-03T17:51:00.003-03:002013-08-03T17:51:46.661-03:00Poeminha<br />
<br />
<span style="font-size: small;"><i><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span class="userContent"><span style="color: red;"><span style="font-size: large;">E</span></span> eu aqui<span id="goog_1038030150"></span><span id="goog_1038030151"></span><br /> Querendo um colo<br /> Um afago<br /> Um laço<br /><span class="text_exposed_show"> Um abraço<br /> Algo <br /> Que me desperte<br /> Me eleve<br /> Me esquente<br /> Me relembre<br /> Que ser humano<br /> É ter alma<br /> Aquecida<br /> Afagada<br /> Assanhada<br /> Enternecida.</span></span></span></i></span>Débora Guedeshttp://www.blogger.com/profile/03628887896595550558noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-536949254030350247.post-10650359638221761252012-06-05T14:36:00.000-03:002012-06-06T10:14:38.626-03:00Mulheres solteiras procuram<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjf6C0BOzbMhzyq2O8RrntQFqD6oWrEVX5o-BCgKZHjnzSdMm1WiNX5rQGZmCLEyr4Dy-nFQivZVykmnjPQuGsUPQ24FjZjE2at2IidZaULqc5OdYSYk2gJ0Pa3vDlmDlFXjBOYk5QFvGQu/s1600/01_groupalia-desconto-globo-mulheres-solteiras-procuram-ingresso_1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="132" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjf6C0BOzbMhzyq2O8RrntQFqD6oWrEVX5o-BCgKZHjnzSdMm1WiNX5rQGZmCLEyr4Dy-nFQivZVykmnjPQuGsUPQ24FjZjE2at2IidZaULqc5OdYSYk2gJ0Pa3vDlmDlFXjBOYk5QFvGQu/s320/01_groupalia-desconto-globo-mulheres-solteiras-procuram-ingresso_1.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b style="color: red; font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><i><span style="font-size: x-large;">T</span></i></b><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; font-size: large;">odo ano é sempre a mesma coisa: Chega o mês de junho, a temperatura cai e as campanhas publicitárias (com intuito de aumentar a lucratividade dos empresários) começam a falar sobre amor, namoro, sobre o aconchego entre casais e aí começa nosso tormento. Isso mesmo que você leu: TOR-MEN-TO. Porque essas mesmas campanhas publicitárias embebidas em mel, leite condensado, polvilhadas de açúcar e pintadas de 'vermelho me coma', lembram que nós, as solteiras, estamos lá na estante, no canto, no escanteio, no caritó (Ai que palavra feia!). E quando a gente chega numa certa idade, nossas mães, que sempre proibiram nossos beijinhos adolescentes, tagarelam repetidamente que precisamos casar, formar uma família, ter filhos. Elas são capazes de nos colocar na vitrine e oferecer ao primeiro que passa.(Gente, isso é bullying!) E eu queria saber o que se passa na cabeça delas. "Minha filha, mas você escolhe demais" diz a minha mãe. Gente, eu só quero um homem que aceite que além do meu corpinho rechonchudo, fofo, macio, confortável e quentinho, também tenho inteligência e opinião própria. É pedir demais? Claro que no meu caso, preciso de um homem que tenha no mínimo 1,77 de altura, para compensar o uso do salto alto. </span></div>
<div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Então no afã de encontrar o par de rasteirinha para o pé nem tão cansado assim, recorremos a internet (o que a idade não faz, né?) e encontramos um monte de homens desiteressantes. E os que são o número ideal, aquele par perfeitinho, já estão comprometidos com outra pessoa que nesse caso, não sou eu. </span></div>
<div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Certa vez, em uma conversa, o cara nem sabia direito meu nome e perguntou como eu era fisicamente. Em resposta, perguntei se ele era dono de uma agência de modelos. Para a maioria dos homens, o ideal de mulher é que ela tenha um corpo escultural e que apenas mal saiba ler e escrever. Porque se a mulher se mostrar inteligente, acabou-se as chances de relacionamento. Isso é a maioria. Os homens que não fazem parte desse rol, estão casados, namorando, noivos ou enrolados. Porque já diz o ditado: "Homem é que nem orelhão: Os livres não prestam e os bons estão ocupados" </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Então, para rebater o bullying sofrido por nós, as solteiras, colocamos nas redes sociais coisas do tipo: "Não passo dia da árvore com uma árvore, nem dia de finados com um defunto. Porque tenho que passar o dia dos namorados com um namorado?" ou "Não preciso de homem para ser feliz, porque eu me basto" Tudo isso é recalque ou piada feita para que a gente dê risada de nossa solitária situação. Porque toda mulher quer um colinho, um abraço, beijo na boca, uma briga, uma reconciliação e uma tórrida noite de amor. Mas vamos seguindo em frente, sempre a procura. Porque indepêndencia é o direito de escolher. Afinal, mulheres solteiras procuram: Alguém que as aceite do jeito que são e que as façam extremamente felizes.</span></div>
<div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"> </span></div>Débora Guedeshttp://www.blogger.com/profile/03628887896595550558noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-536949254030350247.post-43934544955774837652012-04-07T17:57:00.003-03:002012-04-07T23:59:07.939-03:00Arruma -ação<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjq5eBqFjK3HwA9fcxS0t4AMlI_j9UYJHa1Bj300JHR1WMdN25laXWKd4nSKLpbuyHhQndBEVgzkil6Ir1zPbGPe0joHxjnwSlALlF8zIY0XB5tdN00vopELMt8jqSW_uHNZvf41nMWMadc/s1600/guarda-roupa-21.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="277" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjq5eBqFjK3HwA9fcxS0t4AMlI_j9UYJHa1Bj300JHR1WMdN25laXWKd4nSKLpbuyHhQndBEVgzkil6Ir1zPbGPe0joHxjnwSlALlF8zIY0XB5tdN00vopELMt8jqSW_uHNZvf41nMWMadc/s320/guarda-roupa-21.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="color: red; font-size: x-large;"><em><strong>A</strong></em></span></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; font-size: large;">rrumar o guarda-roupas, além de ser uma atividade essencial para manter sua integridade física (evitando que os guardados não desmoronem em cima de você e te matem asfixiada), também representa, no sentido figurado, colocar em ordem o que está desordenado dentro do seu íntimo. Limpar gavetas, dobrar peças de roupas, separar aquilo que não é mais usado e enviar para doação, não são apenas atividades comuns, mas um ritual que se deve fazer periodicamente, para a constante renovação do espírito.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; font-size: large;">Ao abrir meu guarda-roupas, vi quão bagunçada estava minha vida. As coisas estavam em lados trocados, como se eu tivesse mudado de valores, numa inversão assustadora. Aquela muralha de tecidos torcidos e empilhados eram o meu retrato falado. Nesse caso, meu retrato tecido. Quando vi aquele amontoado de roupas, comecei a separá-las e ao mesmo tempo, separei de mim aquilo que não me fazia bem. De um lado, coloquei todas as qualidades que possuía e disse a mim mesma: Essas, vão para a parte nobre do armário. Olhei para os defeitos e quis descartá-los. Mas eu não saberia viver sem eles, porque daí eu seria perfeita e bem... As pessoas perfeitas acabam sendo chatas. E os recoloquei ali num cantinho afastado. Queria tê-los comigo, mas afastei o máximo para que eles não se apoderassem de mim. Observei que tinha um tanto de erros que eu deveria jogar fora ou fazer pano de chão. Mas esses, eu usei para aprender. Como um desses anti-virús que nos dá o alerta quando o computador está infectado, sabe? Tinha uma parte muito difícil da arrumação que eu tinha a obrigação de colocar em ordem: As pessoas e os valores. Coloquei para perto e em lugares extremamente nobres, todos aqueles que de uma forma ou de outra, me fazem bem. Arrumei um cantinho especial para cada um e joguei fora aqueles que me frustravam, duvidavam ou que simplesmente, não eram bem vindos. Já os valores... esses eu coloquei no centro do armário, a parte que eu mais vejo e os coloquei em seu devido lugar: De cabeça para cima, para que nunca, em nenhum momento, eu possa invertê-los. Quis separar algumas coisas para doação. E fui feliz nesse aspecto. Separei amor, paz, brilho nos olhos, sorriso no rosto, lealdade, amizade e solidariedade. Os coloquei em caixas gigantes para doá-los aos que me rodeia. Olhei mais atentamente e vi o passado. Este que de quando em vez, insistia em sorrir pra mim e dizer "vem cá, vamos viver de lembranças?" E quantas vezes eu ia na dele e ficava me remoendo pelo que não foi, não vivi, não deu certo? Esse, com um prazer quase metafísico, joguei no lixo e o deixei lá junto de outras quinquilharias que com certeza, não iam me fazer falta. Peguei as reflexões e coloquei num frasco de perfume para que eu as usasse sempre. Guardei minha transparência dentro de um super pote inesgotável de hidratante e enchi gavetas de luz, carinho, mão amiga e fé. Porque esta última não pode faltar nunca. Ao retirar o pó das coisas velhas e olhar o armário com tudo em seu devido lugar, vi que uma porta que não existia ali, apareceu como num toque de mágica. Era a porta das oportunidades, a porta da nova chance, que se abriu no exato momento em que me dei conta de que da mesma forma que arrumamos nosso armário dando o destino correto a todos os pertences, é preciso arrumar a vida, nossa casa interior. Porque a felicidade aparece, está aí para todos deliciarem-se com ela. Porém para ela ser plena, necessário é que façamos escolhas certas e para minha felicidade, eu já fiz as minhas.</span> </span> </div>Débora Guedeshttp://www.blogger.com/profile/03628887896595550558noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-536949254030350247.post-85376368840420730532012-04-06T02:00:00.000-03:002012-04-06T02:13:35.826-03:00Desabafo<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="color: red;"><em><strong>É</strong></em></span><span style="font-size: small;"> </span><span style="font-size: large;">madrugada. A brisa fria do outono toca seu rosto e traz lembranças de um passado feliz. Olha pela janela e a claridade noturna ilumina as lembranças. Por um momento sente-se vazia... Queria preencher os espaços, as lacunas, os labirintos. E num momento de lucidez, sente que sua vida estava se tornando uma via de mão única. Sentia-se sufocada. Queria gritar, esperniar, fazer malcriação e chorar. Queria limpar a alma, desabafar. Queria ser a criança que um dia fora. Queria afago, carinho, abraço. Queria uma voz a dizer-lhe que tudo ia ficar bem. Queria proteção. Proteger-se de si mesma e dos fantasmas que a assombrava.</span></span></span><span style="font-size: small;"><span style="font-size: large;"> </span><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: large;">Queria sentir-se em paz no mundo que ela criara. Aquele mundo que ela recorria nos dias confusos estava conturbado demais. Ligou a TV, mas a pessoa do outro lado da tela era fria demais e ela ansiava por calor. Queria ser, pertencer, doação, entrega. Queria olhares cúmplices, mãos que indicassem um caminho. Queria aninhar-se num abraço. Mas não num abraço qualquer. E riu de suas exigências. Mais uma vez olhou a janela, sentiu a madrugada e seu silêncio. Então chegou a chuva e arrastou na torrente uma lágrima de saudade.</span> </span></span></div>Débora Guedeshttp://www.blogger.com/profile/03628887896595550558noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-536949254030350247.post-83747543174734369592012-01-31T15:29:00.001-03:002012-02-02T12:19:24.361-03:00Amar: verbo transitivo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSyEkUW1hxA2UC-POOjuUOik6nlzZTahb1QTtZVxaGSNJQikYlNWhTBKeuVdQBDi2y4dLhyphenhyphen9ojMugwM5N2UuuliZqiVRWKCAw7Z-ulm7uRypDGDDilNIRZZo7-fWSmQSNcUgImewYvPiMz/s1600/amor-305.gif" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" sda="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSyEkUW1hxA2UC-POOjuUOik6nlzZTahb1QTtZVxaGSNJQikYlNWhTBKeuVdQBDi2y4dLhyphenhyphen9ojMugwM5N2UuuliZqiVRWKCAw7Z-ulm7uRypDGDDilNIRZZo7-fWSmQSNcUgImewYvPiMz/s1600/amor-305.gif" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: right;">
</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: small;"><i style="color: #cc0000;"><b><span style="font-size: x-large;"> </span></b></i></span><br />
<br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: small;"><i style="color: #cc0000;"><b><span style="font-size: x-large;"> <span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">D</span></span></b></i><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; font-size: large;">as vezes que eu havia amado alguém acabei sofrendo. Das vezes em que eu achava que ia ser feliz, eu também sofri. Então, prometi nunca mais amar alguém, não por fraqueza, mas por proteção de minha integridade emocional. Amar deveria ser unicamente sinônimo de felicidade, mas há casos em que conjugar esse verbo torna-se extremamente penoso. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; font-size: large;">Amar, segundo nossa gramática, é um verbo transitivo, aquele que precisa de complemento. E quem não quer ser completo? Quem não quer ser protegido e amado? Atire a primeira pedra aquela que nunca quis ficar encolhidinha no abraço de alguém. E se é para revelar, admito: sou ré confessa. Tenho fragilidades, medos (os mais absurdos) e tenho sonhos também...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; font-size: large;">Se agora me sinto triste e lágrimas escorregam dos meus olhos transbordando minha alma, é porque me agarrei a um único segundo de lucidez que tive. Porque o amor é tão inconseqüente que consegue nos deixar sem rumo, sem norte. É difícil deixar a razão falar e mais difícil ainda dizer não quando seu coração quer dizer todos os “sins” do universo. Sinceramente, não posso lamentar. Eu fiz a escolha. Eu decidi encerrar esse capítulo da minha vida. Mas me reservo o direito de ficar triste, na fossa. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; font-size: large;">Aquele homem que me dizia as coisas mais lindas que uma mulher poderia ouvir, que me fazia sentir cuidada, protegida, e que me fez ver o lado bom de tudo, também me estimulou a ser uma pessoa melhor. Ele também mostrou o quanto sou importante e que meu valor é inestimável... E se alguém me perguntar se um homem apesar de todos os seus defeitos, pode ser perfeito, eu vou responder com absoluta certeza, que sim. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;" /></div>
<br />
<br />
<br />
<br />Débora Guedeshttp://www.blogger.com/profile/03628887896595550558noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-536949254030350247.post-1072202622390087172011-08-14T16:53:00.003-03:002011-08-14T16:58:53.853-03:00Pré tensão
<br />
<br /><div align="center"><span style="font-family:georgia;"><span style="font-size:180%;"><span style="color:#cc0000;"><strong><em>E</em></strong></span></span><span style="font-size:130%;">u quis afogar as mágoas</span></span></div>
<br />
<br />
<br /><div align="center"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;">E para minha surpresa, </span></div>
<br />
<br />
<br /><div align="center"><span style="font-family:georgia;font-size:130%;">Elas aprenderam a nadar.</span></div>
<br />Débora Guedeshttp://www.blogger.com/profile/03628887896595550558noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-536949254030350247.post-22622825006596351372011-07-30T22:04:00.004-03:002012-04-09T11:33:32.707-03:00Companheirismo<div align="justify">
<span style="font-size: 130%;"><b>-</b><span style="font-family: times new roman;"> <b><i><span style="color: #cc0000;">V</span></i></b>ocê mora sozinha? </span></span></div>
<br />
<div align="justify">
<span style="font-family: times new roman; font-size: 130%;"></span></div>
<br />
<div align="justify">
<span style="font-size: 130%;"><span style="font-family: times new roman;">- Sim, moro. </span></span></div>
<br />
<div align="justify">
<span style="font-size: 130%;"><span style="font-family: times new roman;">- Há quanto tempo? </span></span></div>
<br />
<div align="justify">
<span style="font-size: 130%;"><span style="font-family: times new roman;">- Vixe, faz mais de cinco anos. </span></span></div>
<span style="font-family: times new roman;"></span><br />
<div align="justify">
<span style="font-size: 130%;"><span style="font-family: times new roman;">- E você gosta da solidão? </span></span></div>
<span style="font-family: times new roman;"></span><br />
<div align="justify">
<span style="font-family: times new roman; font-size: 130%;"></span></div>
<br />
<div align="justify">
<span style="font-family: times new roman; font-size: 130%;">- Na verdade, eu a detesto. Já quis despacha-la para longe, já dei veneno, coloquei-a dentro de uma mala, quando alguém partiu. Mas não sei porque cargas d'agua ela insiste em ficar. Ainda não me acostumei com ela, porém ela persiste em me fazer companhia.</span></div>Débora Guedeshttp://www.blogger.com/profile/03628887896595550558noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-536949254030350247.post-55655974398065203292011-06-12T20:38:00.003-03:002012-04-09T11:33:15.326-03:00Ausências<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBsFDbnzcQiwtNWkNDgK5mt5o7kNuFaGf7TOWWjLxaHhMyMbuxSRIhyphenhyphen5kogQBGdRCbvWG-Iu4wE6gOOmazD2H9JG6eQbVgFlGUcjMZZL_HaidKT2uj7ejl-oF0X7l4aQfs7EbAGV6ILvhW/s1600/ausencia.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5617486651103542626" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBsFDbnzcQiwtNWkNDgK5mt5o7kNuFaGf7TOWWjLxaHhMyMbuxSRIhyphenhyphen5kogQBGdRCbvWG-Iu4wE6gOOmazD2H9JG6eQbVgFlGUcjMZZL_HaidKT2uj7ejl-oF0X7l4aQfs7EbAGV6ILvhW/s200/ausencia.jpg" style="display: block; height: 236px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 237px;" /></a><br />
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<span style="font-family: times new roman; font-size: 130%;"><i><span style="font-family: lucida grande;"><b><span style="color: red; font-size: 180%;">É</span> </b></span></i>noite. Chega em casa rendida pelo cansaço. Em vão, abre a geladeira na esperança de iluminar seus pensamentos diante da luz do refrigerador, mas consegue apenas engolir em seco a solidão que lhe rasga a garganta.<br />Abre a janela que dá para o pequeno quintal de casa e percebe como a noite está linda. A lua, cheia de saudades, testemunha as ausências sentidas. As fogueiras, características do período junino, não conseguem aquecer a alma, tão carente dos sorrisos, dos olhares, dos abraços...<br />Entra no banheiro, tira a roupa devagar, divagando em seus sentimentos. Demora-se debaixo da água fria como a querer espantar os pensamentos que a atormentam. Veste uma roupa confortável de algodão, perfuma-se delicadamente e cai na cama, como a esperar um alguém...<br />Ela queria perder-se naqueles braços, encontrar-se naquele olhar, guiar-se por entre aquelas mãos, beber daquela boca, proteger-se naquele abraço, dormir naquele corpo e acordar no sonho que deseja para realidade.<br />Mas apenas consegue sentir saudades e uma ponta de esperança junta-se as suas dúvidas cruéis, deixando-a confusa. Olha o relógio do telefone celular, que espera ansiosamente pelo toque característico e só ouve o silêncio cortante a falar mais alto.<br />Rende-se. Fecha os olhos. Adormece.</span></div>Débora Guedeshttp://www.blogger.com/profile/03628887896595550558noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-536949254030350247.post-22465534538873484592011-04-18T17:26:00.010-03:002012-04-09T11:34:03.311-03:00Lembranças que a chuva traz<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtIgNaLBt2T7vjPwKDKMLEuSwCjpI0Ri9Mo7IU35OuOhvPMeuqgkL-m303VAVF8uf4Vmq_ZpmjotcSCsXplJys4dwBjcLidSYKfqScqqV9zOTbme-Y4Dc-Ix9ZYzVDvxreysDfcBhPdPs-/s1600/Chuva.png" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5597025250734963154" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtIgNaLBt2T7vjPwKDKMLEuSwCjpI0Ri9Mo7IU35OuOhvPMeuqgkL-m303VAVF8uf4Vmq_ZpmjotcSCsXplJys4dwBjcLidSYKfqScqqV9zOTbme-Y4Dc-Ix9ZYzVDvxreysDfcBhPdPs-/s200/Chuva.png" style="display: block; height: 252px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 247px;" /></a><br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOdpsIuLPbLe_WliRS8JdE4IzwjgNUUFxvGDoDpxhc4ya4UveIdEDrm4zAofn5WAQZ6ky2bnSJ4_YW3trLeMR1iLKGcokH6sQJkLe1xUV012alhHFbUEQkEv2oaB-biiodYdY6ifUoUSRI/s1600/Chuva.png"></a><span style="color: red;"></span><span style="font-family: times new roman;"><span style="font-size: 180%;"><b><i><span style="color: red;">A</span></i></b> </span><span style="font-size: 130%;">chuva celebra a dança das águas, </span></span></div>
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<span style="font-family: times new roman; font-size: 130%;">Caindo gota a gota de um céu cinzento. </span></div>
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<span style="font-family: times new roman; font-size: 130%;">Entendendo o cio da terra, </span></div>
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<span style="font-family: times new roman; font-size: 130%;">Percorre suas entranhas, </span></div>
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<span style="font-family: times new roman; font-size: 130%;">Fertiliza as sementes profundas da vida </span></div>
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<span style="font-family: times new roman; font-size: 130%;">E colore com mil tons o advento da próxima estação.</span></div>
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<span style="font-family: times new roman; font-size: 130%;">O som de sua chegada é música para o agricultor. </span></div>
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<span style="font-family: times new roman; font-size: 130%;">O cheiro que da terra brota </span></div>
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<span style="font-family: times new roman; font-size: 130%;">Quando ela lhe entremeia seu seio, </span></div>
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<span style="font-family: times new roman; font-size: 130%;">É recordação, infância, aconchego. </span></div>
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<span style="font-family: times new roman; font-size: 130%;">Mas sempre que chove </span></div>
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<span style="font-family: times new roman; font-size: 130%;">Há uma saudade que me acolhe </span></div>
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<span style="font-family: times new roman; font-size: 130%;">Numa nuvem quase inventada </span></div>
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<span style="font-family: times new roman; font-size: 130%;">Repleta de sonhos não realizados. </span></div>
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<span style="font-family: times new roman; font-size: 130%;">Calados, </span></div>
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<span style="font-family: times new roman; font-size: 130%;">Represados, </span></div>
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<span style="font-family: times new roman; font-size: 130%;">Sentenciados... </span></div>
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<span style="font-family: times new roman; font-size: 130%;">A chuva traz consigo </span></div>
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<span style="font-family: times new roman; font-size: 130%;">Uma torrente de lembranças </span></div>
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<span style="font-family: times new roman; font-size: 130%;">E saudades... </span></div>
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<span style="font-family: times new roman; font-size: 130%;">Umedecendo o olhar </span></div>
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<span style="font-family: times new roman; font-size: 130%;">Marejando-o de incontáveis ais.</span></div>Débora Guedeshttp://www.blogger.com/profile/03628887896595550558noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-536949254030350247.post-38286795544786778692011-02-23T23:44:00.014-03:002012-02-03T09:45:02.226-03:00O apagar das luzes<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsSjZ9DqyIimx1IrwQjxmUwXouGudy_rNj1QzCFjCilqFCiFR1ymn82RwiSvnlwaWics8QhvB1JjOYDA73OddyVgx6M7ZwrOKcCq4pFJzYEqgzhnZ5q3GWmrkvhwvrJCnqPa_batJLhhm3/s1600/neuronios_1-300x262.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5577090362380334162" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsSjZ9DqyIimx1IrwQjxmUwXouGudy_rNj1QzCFjCilqFCiFR1ymn82RwiSvnlwaWics8QhvB1JjOYDA73OddyVgx6M7ZwrOKcCq4pFJzYEqgzhnZ5q3GWmrkvhwvrJCnqPa_batJLhhm3/s200/neuronios_1-300x262.jpg" style="display: block; height: 226px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 305px;" /></a><br />
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<b><i><span style="color: #666666;"><span style="color: red; font-family: georgia; font-size: 180%;">A</span> </span></i></b><span style="font-family: times new roman; font-size: 130%;">vivência acadêmica na área de saúde nos mostra a fragilidade do ser humano. A linha entre sanidade e loucura, vida e morte, lucidez e desorientação é extremamente tênue. A Fisioterapia tem em seu cronograma de estágio, a participação na comunidade. E é exatamente nela, que percebemos a falta de políticas públicas (que só esse tema dá um post inteiro) e enxergamos o quanto somos vulneráveis. Tenho uma paciente idosa de 73 anos de idade. Foi acometida pela Demência de Alzheimer há exatamente treze anos. Ao avaliá-la, percebi que sua mente falha, a deixa uma verdadeira criança. As vezes agressiva, outras vezes sorridente, é a genuína expressão da fraqueza humana. Seu olhar se perde em atitudes impensadas, sua língua, já não articula bem as palavras, sua alma parece está em um planeta distante, que pertence só e exclusivamente a ela, sua memória, já não recorda mais de si e assim, ela mesma já não sabe quem é. Nesses casos, o treino cognitivo (despertar o aprendizado) faz parte da rotina do tratamento desses pacientes. Hoje, <i>"brincamos"</i> de contar e reconhecer as cores. Sua fala desarticulada, contou apenas de um a dez e chegou ao número quinze depois de pular tantos outros. No reconhecimento das cores, ora acertava, ora errava e encerrava a conversa afirmando: "não sei mais não minha doutora". A família se perde sem respostas e sofre em vê um ente tão querido alheio a tudo o que se passa. Há uma desesperança no ar e sentimos que ela, a família, já não quer tentar mais nada porque sabe que a doença não tem cura e é progressiva. Nossa função ao lado desses pacientes, é retardar essa progressão o quanto possível e ofertar qualidade de vida a essas pessoas. Porém, o cérebro funciona como uma cidade iluminada. As correntes elétricas fazem os neurônios acenderem todas as lâmpadas existentes. Mas existe um homem chamado Alzheimer que lenta e infatigavelmente, apaga lâmpada por lâmpada, deixando cada esquina, cada ponto desta cidade sem luz e assim, ao final, a cidade está inteiramente às escuras</span><span style="font-family: times new roman; font-size: 130%;">. Sem história, sem lembranças, sem vida.</span></div>Débora Guedeshttp://www.blogger.com/profile/03628887896595550558noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-536949254030350247.post-92047161276222357232011-02-14T01:02:00.009-03:002011-02-15T22:09:50.356-03:00O sabor da realidade<div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:180%;color:#ff0000;"><strong><em>S</em></strong></span><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">empre morei no interior do Estado, porém com a oportunidade de estudar na capital, indo e vindo todos os dias. Por conta do estágio da faculdade, tive que optar em morar em Maceió para que eu podesse me dedicar de forma integral a essa etapa da vida acadêmica. Para mim, não há capital mais linda e como sou uma alagoana bairrista, tenho absoluta certeza de que Deus reservou o melhor do paraíso para os alagoanos. Mas além das belezas, do acesso mais rápido a cultura e das facilidades que os grandes centros urbanos oferecem, esses mesmos lugares fazem de nós lixos humanos.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:130%;">Estava no calçadão do comércio com uma amiga, quando fui abordada por um garoto de mais ou menos 16 anos. Mal vestido, sujo, despenteado, era a personificação da desesperança. Me cutucou do lado e quando o vi tomei um susto. Ele perguntou: "Moça, a senhora tem um dinheiro para eu lanchar?" Sentindo o medo me invadir, disse que não tinha e ele com a dura experiência da vida margeada pelo preconceito, levantou a que deveria ser sua única camisa e falou: "Não precisa se assustar não, moça. Eu não vou lhe roubar, só estou com fome". Engoli sem mastigar aquela afirmação que encheu de amargor o meu paladar. Voltei pra casa, tomei banho e fui para a aula. Antes, passei em um supermercado e comprei 2 garrafinhas de iogurte, abri uma e fui bebendo pelo caminho. Passei por um lugar meio deserto e lá estava um casal sentado na calçada guardando seus únicos pertences em uma sacola plástica. Quando estava dando o último gole, meus olhos se encontraram com o olhar daquele homem sedento por dignidade e pela primeira vez, tive vergonha de ter algo para comer. Ele não dissera coisa alguma, porém seu olhar era uma súplica. Abri a sacola, retirei a outra garrafinha e dei aquele homem que humildemente sorridente, agradeceu. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:130%;">Depois que saí da aula, já a noite, fui respirar um pouco de ar e encontrei o "baiano". Na verdade, ele me encontrou. Cheio de alegria e vazio de oportunidades, era o retrato do trabalhador que mesmo frustrado, carregava um fio de esperança em seu olhar. Ofereceu-me seus produtos em troca de três reais. Brincos de arame, pulseiras de barbante. Segundo ele vivia de arte e cultura. Perguntei sobre sua família, seus filhos, sua vida e a cada palavra dita, o cheiro da bebida ficava mais forte. "Moça, eu vim da Bahía, deixei 3 filhos que estudam e são cuidados por minha mãe. Sei pintar, construir, mas gosto de viver de arte e cultura, andando pelo mundo". Perguntei porque ele bebia e com seu sotaque característico, abriu um sorriso e argumentou: "Eu bebo, para esquentar meu corpo porque dormir na beira da praia não é fácil. Faz muito frio. A gente nem dorme direito, porque se dormir, um outro vem e rouba nossa mercadoria. Eu estou na rua, mas vivo com dignidade e preciso garantir meu café de amanhã". Muito mais com peso de consciência do que vontade de comprar, escolhi uma de suas peças e ele se foi. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:130%;">Ontem pela manhã quando ia em direção ao curso que estava fazendo, encontrei outro homem deitado na rua ainda adormecido. Sujo, encolhido, com as mãos dentro de sua camisa porque a roupa do corpo era a única coisa que tinha para se aquecer. Olhei para minha vida, para as oportunidades que tive e senti vergonha. Vergonha por ter tanto e aquele ser tão humano quanto eu, não ter um teto para se abrigar.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:130%;">Maceió é carinhosamente chamada de <em>Cidade Sorriso</em>, mas diante de situações tão gritantes, percebi que este, encontra-se pra lá de sem graça.</span></div>Débora Guedeshttp://www.blogger.com/profile/03628887896595550558noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-536949254030350247.post-3710523736118992842011-01-28T11:49:00.011-03:002011-02-03T09:10:07.565-03:00Nunca é tarde para compreender o amor<div align="right"><em><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">"É um bom tipo meu velho<br />Que anda só e carregando<br />Sua tristeza infinita<br />De tanto seguir andando..."</span></em></div><div align="right"><em><span style="font-family:Times New Roman;font-size:130%;">(Altemar Dutra)</span></em></div><div align="right"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:130%;"></span></div><div align="right"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:130%;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;"><br /><br /><br /><span style="font-size:130%;"><em><strong><span style="color:#ff0000;"><span style="font-size:180%;">A</span> </span></strong></em>psicologia trata a relação entre filhos e pais, com um toque de mitologia grega, falando nas relações <span id="SPELLING_ERROR_0" class="blsp-spelling-error">edipianas</span>. O menino, "apaixona-se" pela mãe querendo em sua ingenuidade infantil, ser seu <span id="SPELLING_ERROR_1" class="blsp-spelling-error">protetor</span>, e a menina, "enamora-se" do pai e sente deste, um ciúme tão desmedido para sua idade, que chega a ser engraçado.</span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:130%;">Não aconteceu diferente comigo. Quando eu era pequena, e já comentei aqui no blog, tinha um amor desmedido por meu pai. Ele era meu herói, o <span id="SPELLING_ERROR_2" class="blsp-spelling-error">MacGyver</span> (para quem nasceu depois dos anos 80, perdeu um seriado fantástico), o homem mais lindo da galáxia. Bem, lindo ele continua sendo, mas ao crescer, nos damos conta que pai e mãe, não são super, eles são tão humanos quanto nós, com erros e acertos. </span></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:Times New Roman;">Na época da separação dos meus pais, eu tinha 13 anos e me achava a pessoa mais adulta do planeta. "Compreendi" com uma mente adolescente, uma situação que me marcou para o resto da vida. Na época, meu pai começou a não me visitar, não perguntar, não se interessar por mim e eu achei que ele havia se divorciado de mim também. Acabamos nos divorciando em comum acordo, com separação total de confidências, abraços, sorrisos, visitas, preocupações, olhares, paternidade... </span><span style="font-family:Times New Roman;">A <span id="SPELLING_ERROR_3" class="blsp-spelling-error">adolescência</span> foi embora, a fase adulta chegou e carreguei comigo por todo esse tempo, uma dor surda, muda, porém cortante. </span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:130%;">Lembro que quando ia visitá-lo no natal, e levava alguma <span id="SPELLING_ERROR_4" class="blsp-spelling-error">lembrancinha</span>, ele marejava os olhos e eu não entendia o porque, pois para mim, ele havia pedido <span id="SPELLING_ERROR_5" class="blsp-spelling-error">desquite</span> de nossa relação. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:130%;">Hoje, ao vê-lo, sinto a mesma emoção de quando era apenas uma criança. Compreendi situações <span id="SPELLING_ERROR_6" class="blsp-spelling-error">imcompreendidas</span>, perdoei coisas <span id="SPELLING_ERROR_7" class="blsp-spelling-error">imperdoáveis</span>, e me senti mais leve. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;"><span style="font-size:130%;"><span id="SPELLING_ERROR_8" class="blsp-spelling-error">Exatamente</span> hoje, dia 28 de janeiro, ele completa 61 anos. O tempo, como o pintor da vida, prateou seus cabelos, tingiu seus olhos com emoção, salpicou paciência em sua alma, desacelerou seu caminhar.</span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:130%;">Ao entregar seu presente de aniversário, ele mais uma vez, carregou de emoção o seu olhar. Me abraçou como antes e feliz da vida, parecendo mais um menino amarelo, disse: "Já viu o carro novo do seu pai?" Eu nem sei o que senti na hora. Não me importava o carro, mas o compartilhar da felicidade. O abracei e desta vez, as lágrimas derramadas vieram de minha alma. </span><span style="font-family:Times New Roman;font-size:130%;">O tempo fez muitos milagres silenciosos e dentre estes, a certeza de que nunca é tarde para compreender o amor.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;"></span></div><div align="justify"><em><span style="font-family:Times New Roman;"></span></em></div>Débora Guedeshttp://www.blogger.com/profile/03628887896595550558noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-536949254030350247.post-31513154488129793922010-12-25T19:37:00.007-03:002010-12-26T21:13:45.465-03:00Gotas de saudade<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMZ_VEBfFKwDRSdbCm7v9t62Mn_1m9HvNYmyoRF3FcM0HfLJY2KchciRNwQJFIBICsteYXX22UvkGXADL1_xGML-zIZJk9713Gl-6F2kDjhpLG5cz57EK-82DUDr72qYHjDuQpVAQ6nToN/s1600/suaddes.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 273px; DISPLAY: block; HEIGHT: 193px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5554768596855040914" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMZ_VEBfFKwDRSdbCm7v9t62Mn_1m9HvNYmyoRF3FcM0HfLJY2KchciRNwQJFIBICsteYXX22UvkGXADL1_xGML-zIZJk9713Gl-6F2kDjhpLG5cz57EK-82DUDr72qYHjDuQpVAQ6nToN/s200/suaddes.jpg" /></a><br /><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><span style="font-size:180%;color:#ff0000;"><em><strong>N</strong></em></span><span style="font-size:130%;">ove da manhã do dia 24 de dezembro. Ela acordou com mil pensamentos e tarefas a executar. Sua mãe viria passar o natal em sua casa e ela queria que pelo menos naquele dia, as duas não brigassem. Saiu às compras e ao chegar, pôs-se a arrumar tudo. A ceia não seria em casa, seria na residência de um amigo, já que uma ceia apenas com duas pessoas não seria tão feliz assim. Olhou para sua casa, percebeu que ela merecia uma limpeza e passou a organiza-la. Queria junto com aquela arrumação, colocar também sua vida em ordem, limpar os cantos sujos da alma e desinfetar o coração ora repleto de manchas de tristeza. Era assim que ela ficava no natal: triste, chorosa, saudosa. Uma mistura de perdas, desilusões e solidão. Procurou seu CD de boleros na estante. Queria ouvir aquela música, porém não o encontrara e colocou um outro que também trazia em suas melodias muitas recordações. Começou a faxina e enjoada das músicas chorosas, trocou o repertório. Num átimo de nostalgia, pegou o rodo e imaginou que ele fosse seu amado e começou a dançar. De forma robótica varreu a casa, tirou o pó dos móveis, encerou a casa, suou, cansou. Mas algo nela não chegava a exaustão. Ela queria mais. Contudo não havia nada mais a fazer. A casa estava impecavelmente limpa. Então ela lembrou de sua alma que estava desordenada, cheia de traças a roer seus pensamentos. Trocou mais uma vez o repertório e suas lágrimas começaram a fazer um serviço intenso de limpeza. Começou a cantarolar uma letra que falava em fios que uniam e separavam, porém uma estrofe chamou sua atenção: </span></span></div><br /><div align="justify"><em><span style="font-size:130%;"></span></em></div><br /><div align="justify"><em><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">"Só por você eu dei até o que eu não tive<br />Há tantos que vivem, sem viver um grande amor<br />Eu que sonhei por tanto tempo em ser livre<br />Me prenda em seus braços<br />É o que eu te peço" </span></em></div><br /><div align="justify"><em><span style="font-size:130%;"></span></em></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">Ela havia sonhado a vida inteira com sua liberdade e agora queria prender-se naqueles braços, permanecer aninhada, protegida, mimada. Pegou o telefone e discou um número que não estava na agenda telefônica e conversou com um alguém do outro lado da linha. Não sabia porque havia ligado, mas queria ouvir aquela voz. Falou coisas sem importância, riu e encerrou a chamada. Ouviu repetidamente aquela música, calou os gritos contidos dentro de si, entrou no banheiro, tirou sua roupa de forma lenta, abriu o chuveiro e mergulhou naquela saudade sem fim. </span></div>Débora Guedeshttp://www.blogger.com/profile/03628887896595550558noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-536949254030350247.post-33839699070521850142010-12-23T13:21:00.006-03:002010-12-25T19:03:27.195-03:00Retalhos da noite<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgR37gMtR-apdWGYaAA09Rhh1SuG6co2s_qAwrHUOHad8I0wxu18jIWoN4V3DcR7gSCBIWuKAHqrZgrJophtufCJs0yIPqA1qONx4_TC_qwuecgptc6TpM-GpTASjNxfgJvV0fcdo3idBGN/s1600/11954345681-tile.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 313px; DISPLAY: block; HEIGHT: 225px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5553914020436508450" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgR37gMtR-apdWGYaAA09Rhh1SuG6co2s_qAwrHUOHad8I0wxu18jIWoN4V3DcR7gSCBIWuKAHqrZgrJophtufCJs0yIPqA1qONx4_TC_qwuecgptc6TpM-GpTASjNxfgJvV0fcdo3idBGN/s200/11954345681-tile.jpg" /></a><br /><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:180%;color:#ff0000;"><strong><em>O</em></strong></span><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">lhou o relógio. Faltava pouco para meia noite. Havia passado o dia com pensamentos </span><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">obscuros, tristes, melancólicos. Sua alma estava repleta de vazios. Passou a pensar na vida, </span><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">no passado, nas oportunidades que deixara para trás, nas incertezas do futuro e refletiu... Não </span><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">sabia mais o que fazer de sua vida, ora tão monótona, sem cor, sem graça. Esperava a </span><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">felicidade bater a sua porta, mas esta, nunca dava o ar de sua graça. Ligou um aparelho e </span><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">começou a ver um filme triste. Chorou imaginado ser a atriz principal que morria depois de conhecer seu verdadeiro amor. Olhou a agenda telefônica e na lista tão extensa não havia um só número que ela podesse pedir socorro e sentiu-se ainda mais solitária. Queria chorar, gritar, mas conteve suas emoções e as derramou em duas gotas que escorriam sorrateiras por sua face. Cantarolou uma música do passado e este, se fez presente. Na impaciência que a tomava, se pôs a escrever palavras desconexas, como a querer exorcizar, em vão, os sentimentos que a dominavam. Por um momento olhou-se no espelho. Não reconhecia a imagem refletida. Aquela que via, não era ela, mas não sabia o que fazer para transformá-la na menina de outrora. Cansou-se de si e num lampejo de razão, acertou seus pensamentos, apagou as luzes, deitou-se em seu leito, cerrou os olhos e adormeceu.</span></div>Débora Guedeshttp://www.blogger.com/profile/03628887896595550558noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-536949254030350247.post-31651322369235413182010-12-06T16:18:00.000-03:002010-12-06T20:47:31.247-03:00O real sentido das coisas<div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><span style="font-size:130%;"><span style="font-size:180%;color:#ff0000;"><strong><em>Q</em></strong></span>uando fazia terapia (porque todo mundo tem um pouco de médico e louco), a psicóloga que ouvia os conflitos de minha alma, me presenteou com um livro e confesso que não dei tanta importância. O título era lindo, sugestivo e li sem prestar muita atenção ao conteúdo. </span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">Ontem a tarde, em mais um domingo com a TV me fazendo companhia, peguei o livro que já estava meio jogado e li um capítulo qualquer. Embora o capítulo tenha sido escolhido a esmo, creio que não se tratava de qualquer assunto pois versava sobre a saúde, o amor e a família.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">Ao ler cada linha escrita com fortes cargas de reflexão, me vi ou melhor, deixei de me ver em muitos pontos. Na relação pais e filhos, há componentes que a biologia não consegue atingir. O componente subjetivo das relações humanas que fazem da família a <em>célula mater</em> da sociedade é o amor. Não falo o amor pieguismo, sentimentalista, mas o amor companheiro, disciplinador, claro e plácido que norteia a vida das pessoas felizes. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">Em um dos trechos, o autor comentava a relevância da figura masculina na educação dos filhos e a importância dessa figura em atos carinhosos como abraçar, beijar, afagar, conversar com seus filhos, conhecendo-os na intimidade da alma. No meio da leitura as lágrimas teimaram em cair e eu não compreendia muito bem a minha atitude.<br />Passei a me fazer inúmeras perguntas e cheguei a conclusão de que não é o fato de ser filha de pais separados que me incomoda. O que dói mesmo, é saber que meu pai só foi paternal comigo enquanto eu era uma criança, como se adultos não precisassem dos carinhos paternos. No momento em que lia, acabei recordando de dois amigos meus que apesar de não conviverem com seus filhos sob o mesmo teto, são presentes na vida deles. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">Não aguentei mais aquela leitura que me maltratava e ao mesmo tempo me dizia tantas verdades. Fechei o livro, apaguei as luzes de casa e desejei ouvir uma voz paternal e não precisava ser a do meu pai, mas que fosse algo amoroso e acalentador. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">Adormeci e acordei ainda com vontade de ouvir tal voz </span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">Acho que amanhã ainda vou querer ouvir essa voz </span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">Penso que todos os dias, gostaria de ouvia essa amorosa voz.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:130%;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:130%;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:130%;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:130%;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:130%;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:130%;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:130%;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:130%;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:130%;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:130%;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:130%;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:130%;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:130%;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:130%;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:130%;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:130%;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:130%;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:130%;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:130%;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:130%;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:130%;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:130%;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:130%;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:130%;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:130%;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:130%;"><br /><br /><br /><br /><br /><br />*O livro ao qual me referi nesse post, se intitula: <em>Quem ama não adoece</em>, escrito pelo cardiologista Dr. Marco Aurélio Dias da Silva.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"></span></div>Débora Guedeshttp://www.blogger.com/profile/03628887896595550558noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-536949254030350247.post-90234514896626329372010-11-26T15:39:00.000-03:002010-12-06T16:59:06.812-03:00Meu querido, meu velho, meu amigo<div align="right"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;color:#000000;"><em>Olhando seus cabelos, tão bonitos, </em></span></div><div align="right"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;color:#000000;"><em>Beijo suas mãos e digo </em></span></div><div align="right"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;color:#000000;"><em>Meu querido, meu velho, meu amigo.<br /><br /><br /><br /></em></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;color:#ff0000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;color:#ff0000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;color:#ff0000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;color:#ff0000;"><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><span style="font-size:130%;"><span style="font-size:180%;color:#ff0000;"><strong><em></em></strong></span></span></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><span style="font-size:130%;"><span style="font-size:180%;color:#ff0000;"><strong><em></em></strong></span></span></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><span style="font-size:130%;"><span style="font-size:180%;color:#ff0000;"><strong><em>O</em></strong></span>ntem amanheci saudosa. E na verdade, ainda estou. As lembranças da infância ficaram mais vivas em minha memória como se eu estivesse dentro de uma máquina do tempo a recordar um passado feliz. Ontem fez exatamente seis anos que meu avô partiu.José Joaquim da Silva, popular Zeca ferreiro (meu avô), era um homem muito rígido, sem papas na língua e sua palavra era lei. </span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">Aquele homem de porte mediano, cabelos brancos, andando com a ajuda de um cajado era a nítida expressão da dignidade. Seus olhos, para mim sempre foram um caso a parte... Uma cor indefinida, que lembrava o Rio São Francisco em profundidade, eram a expressão da beleza. Suas mãos eram a do artista que forjava facas, facões, foices e ao mesmo tempo, tinham a delicadeza de cultivar a terra, de saber dos seus segredos e necessidades. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">Ferreiro de profissão e agricultor por vocação, tinha um respeito admirável pela natureza e não permitia que viva alma atirasse um alfinete nos pássaros e seus ninhos, que ao contrário do que se pense, eram livres como vento. E se algum neto ousasse tirar uma única fruta verde do pé, era praticamente obrigado a comê-la para aprender que tudo na vida tem seu tempo. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">Homem de pulso firme e olhar doce e esse contraste nos permitia uma intimidade que não consigo explicar. Nunca ousou agredir qualquer um dos netos fisicamente, mas nem precisava, porque as broncas que ele dava valiam por vinte surras de cipó de couro. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">Seus conselhos eram sábios, nos ensinava muito da vida, do mundo. Certa vez, quando percebeu que nós, as meninas, já estávamos descobrindo a adolescência e com medo de nos desviarmos do caminho correto, fez uma observação que não esqueço até hoje: "Um homem, quando senta em um lugar sujo, levanta e vai embora. Já a mulher, fica suja para o resto da vida". E com todo machismo inserido dentro dessas palavras, é preciso concordar que ele estava certo. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">Eu tinha nele a figura do salvador da pátria, já que minha mãe não ousava brigar comigo na frente dele. As histórias que ele contava, a simplicidade e falta de traquejo com a língua portuguesa faziam dele a pessoa mais fantástica da galáxia. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">Aquela casa de alpendre, no alto do morro, ladeada por um sítio, era farta de gente e alegria. Todos da vizinhança chegavam na casa do seu Zeca ferreiro para dois dedos de muito boa prosa e em épocas festivas, estávamos sempre reunidos à mesa para a celebração da vida. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">Mas as pessoas não existem para sempre e um dia, elas precisam partir... E despedida do meu avô foi muito dolorosa. Ainda hoje, tenho guardado na lembrança de forma muito viva. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">Continuo mantendo-o presente em minha alma e a cada vez que toca a música cujo título dá nome a este post, sou levada pela melodia da saudade a um tempo que infelizmente não volta mais. </span></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div>Débora Guedeshttp://www.blogger.com/profile/03628887896595550558noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-536949254030350247.post-23287857957777866172010-11-24T10:47:00.000-03:002010-11-24T10:53:38.134-03:00Pense nisso<div align="center"><span style="font-size:180%;"><strong><span style="color:#3333ff;"></span></strong></span></div><div align="center"><span style="font-size:180%;"><strong><span style="color:#3333ff;"></span></strong></span></div><div align="center"><span style="font-size:180%;"><strong><span style="color:#3333ff;"></span></strong></span></div><div align="center"><span style="font-size:180%;"><span style="font-family:lucida grande;"><strong><span style="color:#cc33cc;"></span></strong></span></span> </div><div align="center"><span style="font-size:180%;"><span style="font-family:lucida grande;"><strong><span style="color:#cc33cc;"></span></strong></span></span> </div><div align="center"><span style="font-size:180%;"><span style="font-family:lucida grande;"><strong><span style="color:#cc33cc;"></span></strong></span></span> </div><div align="center"><span style="font-size:180%;"><span style="font-family:lucida grande;"><strong><span style="color:#cc33cc;"></span></strong></span></span> </div><div align="center"><span style="font-size:180%;"><span style="font-family:lucida grande;"><strong><span style="color:#cc33cc;">Q</span></strong>uem muito se acha, um dia se perde.</span></span></div>Débora Guedeshttp://www.blogger.com/profile/03628887896595550558noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-536949254030350247.post-61644314254549531042010-11-19T13:50:00.001-03:002010-12-07T09:14:43.435-03:00Afinal, o que querem as mulheres?<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8tVORGEAhL1HQVa9BbpXiUnlSJl8zfesw0ftHK61QU-xgzMwiy8VAwBp95gxIWJo-20TR0zRVCQoyMeku5jlq5OZ6E_xi62Q0IWlO_O1cAvdP7QGuNQN72oBS9z_RbMMtr43F_ZSv-QYS/s1600/afinal-o-que-querem-as-mulheres.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 251px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5541312589021125154" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8tVORGEAhL1HQVa9BbpXiUnlSJl8zfesw0ftHK61QU-xgzMwiy8VAwBp95gxIWJo-20TR0zRVCQoyMeku5jlq5OZ6E_xi62Q0IWlO_O1cAvdP7QGuNQN72oBS9z_RbMMtr43F_ZSv-QYS/s320/afinal-o-que-querem-as-mulheres.jpg" /></a><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><span style="font-size:180%;color:#cc66cc;"><strong><em>N</em></strong></span><span style="font-size:130%;">a verdade e para início de conversa, não quermos um homem que lave, passe e cozinhe. Para isso existem as secretárias do lar, que com uma boa pesquisa e dindim no bolso, dá para encontrar uma que atenda as nossas necessidades. Se bem que se ele souber fazer uma gororoba legal, iremos achar o máximo. </span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">Queremos abraços apertados, beijos molhados, segredos confessados </span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">Uma noite de lua em uma praia deserta, um dia de chuva com cheiro de terra...</span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">Queremos a rotina. Sim, isso mesmo. RO-TI-NA. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">Rotina de companheirismo, de amizade, lealdade. Rotina de olho no olho, de conhecer realmente quem está ao nosso lado, pois quando esta rotina acaba, acabou o relacionamento. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">Queremos ganhar flores sem um motivo especial, fazer travessuras adolescentes ouvir sussurros indecentes... </span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">Queremos a vida intensa, como intensa é a felicidade</span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">Queremos sexo. É verdade. Mulher quer sexo. E antes que os puritanos de plantão me ponham na cruz da censura e me chamem de desavergonhada, vou logo avisando que sexo, está na cabeça, na mente. Beijou na boca, sentiu algo diferente, pimba! Não adianta querer fugir, viu?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">Queremos compreensão, não um psicólogo. Queremos amizade, não o Ursinho Pooh. E se a população masculina sabe que uma vez por mês a mulher vive momentos em que os hormônios falam mais alto, não custa nada respeitar a TPM, né?.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">Queremos um dia inteiro de compras, com cartão ilimitado, sem a depressão no dia seguinte com fatura a vencer. Na verdade a fatura pode vencer, mas que um super-herói venha resgatar a dívida. (risos...) </span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">Queremos atitude, personalidade, pegada. Aquele jogo de sedução onde partimos para a dominação combinada, em que eles "dominam" e nós "obedecemos".<br />Enfim... Queremos escurinho no cinema, drops de anis, longe de qualquer problema, perto de um final feliz. Porque felicidade é o que queremos sempre.</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;"></span></div><br /><div align="justify"></div>Débora Guedeshttp://www.blogger.com/profile/03628887896595550558noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-536949254030350247.post-77307667125657035222010-11-16T16:57:00.001-03:002010-12-07T09:15:48.078-03:00O milagre de renascer<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQk9wrAhyphenhyphenO-c2WWp73KXB67xrwAqCIiWKTt91OwwEsCvlrMJMVBRqFz9diFbmQue-oyy43IA9o2s3gAbg21deeCv1sGk-LWeaNuPEgNiAHN2URSsdNz01Zt-6XyKOuacjxsktNfl5HR23V/s1600/a_milagre.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 311px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5540250767377360978" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQk9wrAhyphenhyphenO-c2WWp73KXB67xrwAqCIiWKTt91OwwEsCvlrMJMVBRqFz9diFbmQue-oyy43IA9o2s3gAbg21deeCv1sGk-LWeaNuPEgNiAHN2URSsdNz01Zt-6XyKOuacjxsktNfl5HR23V/s320/a_milagre.jpg" /></a><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimf2Ofhtnjs-96PbnMngkmdRTkW4E6IEnpLHubF074CqoWImxEuOO3qRif4a1nTYyxflC28LJQUZ1K3OCmCLpwtGVTtXno64kptYGYfZr58XGFifDx0PFNCyG0Fa0ITmAy8eG7twRV2YdM/s1600/a_milagre.jpg"></a><br /><br /><div align="justify"><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:times new roman;"><span style="font-size:180%;color:#ff0000;"><strong><em>S</em></strong></span>empre que o assunto é meu nascimento, minha mãe conta que eu sou produto de um milagre. Ela tem tem sangue B negativo e eu, B positivo, o que gera muitas incompatibilidades entre mãe e feto. O sangue da mãe entra e contato com o sangue do bebê produzindo anticorpos contra a criança, produzindo no feto um caso chamado de eristoblastose fetal que causa problemas neurológicos graves, como a paralisia cerebral e pode até ser fatal. </span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">Na época, minha cidade não tinha um hospital que atendesse as necessidades do meu nascimento e minha mãe foi encaminhada para Penedo para poder ter um parto tranquilo. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">A questão, é que nasci muito fraca, miudinha, ictérica e tive que receber trasnfusões sanguíneas, além de ficar por 21 dias em uma incubadora. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">Quando o quadro ficou estável e segundo os médicos, já não havia perigo de morte, fui encaminhada para casa. Porém, sou a terceira de cinco filhos que não conseguiram sobreviver e depois da quinta tentativa de me dar um irmão, minha mãe foi aconselhada a não ter mais filhos e segundo ela, o médico que a operou disse na sala de cirurgia: "Essa mulher tem uma filha que não sei como está viva". Passado o período do nascimento, o primeiro ano de vida também foi repleto de cuidados, porém sobrevivi. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">Tive uma infância rica em brincadeiras e como filha única, tinha tudo o que uma criança dentro das minhas condições sociais poderia ter. Porém, como o renascimento se faz de inúmeras formas, quando meus pais se separaram e a empresa que eles haviam construído juntos faliu, passei fome e aos 13 anos, fui trabalhar para garantir o sustento. Busquei vida dentro de mim e segui em frente tentando não ser atropelada por uma situação tão forte para uma adolescente. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">Aos 16 anos, eu trabalhava na UTI de um hospital como auxiliar de enfermagem e com meio salário mínimo, que na época estava no valor de R$ 60 reais, sustentava a casa. Minha mãe, também precisou renascer e como Phoenix, recomeçou sua vida das cinzas deixadas por um casamento infeliz. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">A minha paixão pela medicina teve que ser engolida e já em outro emprego, ganhei um curso de radialismo onde me formei e atuo na área até hoje. Mas mesmo assim, eu sabia que iria trabalhar na saúde, porque eu nasci foi para cuidar de pessoas e persegui o sonho até ser acadêmica de fisioterapia. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">Porém milagre e renascimento me acompanham desde sempre. Estes dias, ao fazer exames na tireóide, foi descoberto um nódulo que poderia ser canceroso. Eu já não tinha porque apelar para Deus, já que ele havia me concedido o direito de nascer e diante das circunstâncias deste nascimento, ter um corpo e mente sãos.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">E de tanto pensar no caso de provavelmente ter um câncer, liguei para um médico amigo, que funcionou muito mais como amigo, do que como médico. Ele acalmou o cabeção que estava a ponto de pirar. Conversei com minha professora, desabafei com alguns amigos, só não falei pra minha mãe, porque eu achava que a carga era pesada demais para ela. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">Chegou o dia de fazer a biópsia para a investigação do nódulo e dois dias depois, fui buscar o resultado. Quando aquele papel grampeado estava em minhas mãos, quase caí de medo e ansiedade. Eu ficava falando comigo mesma: "Eu abro ou não abro? Ai eu tô com medo". Porém uma outra parte de mim ficava a me censurar: "Débora você é uma mulher ou um bago de jaca?" Confesso que estava muito mais para o bago de jaca, mas eu precisava saber o que eu tinha e na faculdade, me isolei em uma sala e sozinha, abri o exame. Resultado para câncer NEGATIVO. Naquele momento eu compreendi literalmente o que é milagre e o que é renascer. E se formos analisar um parto, a coisa é bem parecida: A mãe sente contrações dolorosas, tem medo, chora, os amigos ficam por perto e no momento crucial do nascimento, alguém quer seja médico ou parteira, está lá amparando a cabeça da criança para que ela não despenque da mesa de parto. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">E foi exatemente o que eu senti: A dor e ansiedade da dúvida em relação ao diagnóstico, o amparo dos amigos que foram as pessoas especiais que ampararam minha cabeça para que eu não despencasse. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">E comovida com as provas de carinho, digo que não há sensação mais maravilhosa que o milagre do renascimento. </span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;"></span></div><br /><br /><div align="justify"></div></div>Débora Guedeshttp://www.blogger.com/profile/03628887896595550558noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-536949254030350247.post-21138475149437091472010-11-11T14:23:00.000-03:002010-11-11T14:39:02.517-03:00Persistência<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_G7EtbbnW6FJd-gGtYocwHLJ9PUjageYEuXsB1HRIBceHZAGZ1oP9fFBhjrkc3a8eRewZJNBE6h69DMyHoC62_pAl6T3MOOlOvaaSJgAVXLlnySKRTByIofTUYAaIxtqbrYtQleynGs1N/s1600/sonho.jpg"></a><br /><div align="center"><span style="color:#ff0000;"></span><span style="font-size:180%;"><span style="font-family:georgia;"><span style="color:#ff0000;">E</span> no afã de não desistir </span></span></div><br /><div align="center"><span style="font-family:georgia;font-size:180%;">de seu sonho, </span></div><br /><div align="center"><span style="font-family:georgia;font-size:180%;"> ela foi buscá-lo em outra padaria.</span></div><br /><div><span style="font-size:180%;"></span></div>Débora Guedeshttp://www.blogger.com/profile/03628887896595550558noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-536949254030350247.post-90939406784416369862010-11-10T20:57:00.001-03:002010-12-09T20:16:39.484-03:00Mala Nike<div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><span style="font-size:180%;color:#ff0000;"><em><strong>S</strong></em></span><span style="font-size:130%;">ou uma pessoa que vive no mundo de lá pra cá e de cá pra lá. Moro no interior, estudo na capital e viajo todos os dias para a faculdade, voltando a meia noite para casa e no outro dia, enfrento o trabalho que sustenta minha casa e fornece meu pão. Com essa correria, eu ando sempre na minha bolsa quase mala, com um kit banho composto de produtos de higiene. É claro, que com o salário que ganho, não dá para comprar bolsa de marca, mas surgiu na minha vida por um breve momento, uma mala nike. </span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">Toda pessoa que tem um casal de amigos, diga-se de passagem um casal apaixonado, é "vítima" da operação desencalha. Uma amiga, vendo minha solidão amorosa, resolveu com seu ilustre namorado, encontrar minha cara-metade. Eu achei ótimo, porque sendo eles meus amigos, a chance de atirar no escuro é pequena e claro, me valendo da amizade, sei que eles só irão me encaminhar para pessoas muito legais. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">Pois bem. Em uma conversa dentro do ônibus da faculdade, minha amiga dissertou sobre as qualidades do pretendente e prometeu enviar-me uma foto. Quando vi no meu e-mail o rosto do candidato, topei conhecê-lo pessoalmente o que aconteceu uns três dias após o recebimento da imagem do moço. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">Fomos para uma churrascaria, conversamos, rimos e o namorado de Samara, perguntou o que eu tinha achado do dito cujo e eu respondi que estava meio assim. Mas como brasileiro não desiste nunca, fomos para praia receber a brisa marítima. Chegando no local indicado, o casal de amigos foi se retirando de mansinho e fiquei a sós com o mancebo. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">Conversamos muito, ri outro bocado e beijo que é bom, nada. O tempo passou e eu percebi que a cada frase que ele dizia, encostava mais perto de mim até ficar bem juntinho. Como eu sou uma pessoa que não bebe uma única gota de álcool, e o rapaz sabia desta informação, utilizou deste artefato para o primeiro beijo. "Você não bebe, mas não quer sentir o sabor da cerveja?" Eu imaginei: "Trevas, esse foi o papo para o primeiro beijo?" Se você me perguntar se eu beijei, respondo que sim. Beijei para não perder o amigo. Mas não passou disso. Foram beijos, beijos, beijos e... beijos. Em um momento, no meio da conversa, para distrair um pouco eu dei uma risada e o chamei de mala e como um raio ele me respondeu: "Espero que eu seja a sua mala nike." Naquela hora não sabia se ria ou se corria. E tive a plena convicção de que homens que ficam há muito tempo solteiros não é por opção, é falta de ação mesmo. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:130%;">É bem verdade que nunca tive uma bolsa Louis Vuitton, Channel, D&G, Prada ou artefatos esportivos de multinacionais. Mas nunca na história deste país, alguém dispensou tão fácil uma mala nike. </span></div><div align="justify"></div>Débora Guedeshttp://www.blogger.com/profile/03628887896595550558noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-536949254030350247.post-80053667631275800072010-10-13T08:13:00.000-03:002010-11-11T15:09:12.450-03:00Ao fisioterapeuta com carinho<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdEVxD0Ia16bStrcd2r_YO_jXmTJkQSoNf8eEC9CjYCjzyQmuUGJ5cM8v8I6Kib6Q_QGUGfByaH9qulNJBx04pDLjh5-NaLpFcIwawUCL9WUjwmIjDaAcLc5BYl8rSdfoR1ODm2gdsuIn9/s1600/fisioterapeuta.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5527490164041140770" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdEVxD0Ia16bStrcd2r_YO_jXmTJkQSoNf8eEC9CjYCjzyQmuUGJ5cM8v8I6Kib6Q_QGUGfByaH9qulNJBx04pDLjh5-NaLpFcIwawUCL9WUjwmIjDaAcLc5BYl8rSdfoR1ODm2gdsuIn9/s320/fisioterapeuta.jpg" /></a><br /><span style="font-family:georgia;font-size:180%;color:#33cc00;">C</span><span style="font-size:130%;">orrer, andar, abraçar, tocar, movimentar, sentir, reabilitar... São verbos que a Fisioterapia conhece muito bem. Mas existe um em especial, que rege essa magnífica profissão. É o verbo acreditar. Pois o fisioterapeuta acredita na capacidade do paciente quando nem ele acredita em si mesmo.<br />É o fisioterapeuta que a exemplo de pais e mães adotivos ensinam o paciente a readquirir sua funcionalidade, sua independência.<br />É o Fisioterapeuta que acredita que tudo pode ser possível e que ao avaliar o paciente, sente sua incrível capacidade de recuperação.<br />É o Fisioterapeuta que a exemplo de Jesus usa as mãos para promover verdadeiros “milagres...”<br />É o Fisioterapeuta quem se frustra quando aquela técnica não foi bem sucedida e se entristece com a falta de fé do paciente.<br />Mas também é ele quem vibra em cada passo dado, que se alegra com a amplitude de movimento recuperada, que se emociona ao ver o sorriso de seu protegido.<br />A Fisioterapia não usa fármacos, porque possui amor...<br />Não usa bisturi, porque possui perseverança...<br />Não usa anestésicos porque possui sensibilidade...<br />E com todo o respeito que se deve aos profissionais de saúde...<br />A Fisioterapia vai onde ninguém consegue chegar!<br /><br /><br /><br /></span><br />*13 de Outubro<br />Dia do Fisioterapeuta.Débora Guedeshttp://www.blogger.com/profile/03628887896595550558noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-536949254030350247.post-4218323317644977852010-10-05T14:57:00.000-03:002010-11-11T15:11:12.527-03:00O cafajeste<div align="justify"><span style="font-family:lucida grande;"><span style="font-size:180%;color:#ff6666;"><strong>T</strong></span><span style="font-size:130%;">á, confesso, mulher gosta mesmo é de cafajeste! É verdade! Não adianta gritar, espernear, fazer revolução. Mulher adora aquele tipo de sorriso fácil, com olhar espremidinho e que no fundo a gente tem absoluta certeza de que não vale um vintém.</span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:lucida grande;font-size:130%;">Como eu cheguei a tal conclusão? Foi mais simples do que eu imaginava. Estava no comércio perambulando, olhando algumas lojas, sem compromisso. Na verdade, eu queria matar o tempo, antes que aquele calor me matasse. Entrava em uma loja, saía em outra, sempre a observar as vitrines e os calçados. Mulher adora um calçado novo. Não apenas uma calçado novo, uma camiseta branca, pra fazer companhia aquela coleção de casa, um jeans básico, um par de brincos para combinar, um perfume, um batom novo... Bem, a lista de necessidades femininas é bem longa. Homem nenhum na face da terra, a não ser que seja gay, vai compreender essa coisa tão lógica: mulher + compras = Dia feliz. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:lucida grande;font-size:130%;">Mas a intenção não era comprar, era matar o tempo. Então entrei em uma loja e o vendedor me recebeu com um sonoro "boa tarde". Respondi ao cumprimento e passei a olhar os calçados e me encantei por uma sandália exposta na vitrine. Procurei o vendedor, perguntei se tinha o meu número e ele foi procurar. Quando chegou, além da sandália, trazia consigo o olhar e o sorriso encantador. Parei para observar aquela criatura. Alto, esbelto, cabelos negros, olhos castanhos, e a tarja: "Sou cafajeste até na alma" colada na testa. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:lucida grande;font-size:130%;">Provei o calçado e coube perfeitamente no meu pé de cinderela nº 39. Aí, me veio a dúvida, se eu levaria ou não. Na verdade, entrei com a certeza de não levar nada. Mas o vendedor, com aquele jeito de malandro olhou pra mim e disse: "A sandália é leve, cor neutra, combina com tudo, pode ser usada com saia, short ou calça... Além do mais, eu gostei de você e você gostou de mim então, tome, esse é o número do seu pedido, eu levo você até o caixa e você leva a sandália". </span></div><div align="justify"><span style="font-family:lucida grande;font-size:130%;">O sorriso era tão magnetizador que realmente me dirigi ao caixa e levei a dita. Não era bem o que eu queria, estou quase arrependida. Mulher tem muito disso: compra, se arrepende e não pode fazer mais nada. Mas dessa vez, não foi minha impulsividade em comprar que prevaleceu. A culpa foi daquele cafajeste que me seduziu. </span></div><div align="justify"></div>Débora Guedeshttp://www.blogger.com/profile/03628887896595550558noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-536949254030350247.post-68181869617828363522010-09-21T09:41:00.000-03:002010-11-11T15:11:31.354-03:00E a menina virou mulher<div style="TEXT-ALIGN: justify" align="justify"><span style="COLOR: rgb(255,102,102);font-size:180%;" ><strong>S</strong></span><span style="font-size:130%;">e existe um marco na vida de uma menina, é quando ela completa 15 anos de idade. É uma data mágica. Lembra contos de fadas, a borralheira que se transforma em cinderela, o botão que desabrocha na forma da mais bela rosa, a menina que enfim, se transforma em mulher.<br />Essa nostalgia do <span style="FONT-STYLE: italic">debut</span>, me veio ao ser convidada para o aniversário de 15 anos de Camila e Gabriela, irmãs gêmeas que festejaram sua entrada no "mundo adulto" de forma muito tradicional.<br />A festa, organizada com o mais fino primor, tinha ares de antigo aliado ao contemporâneo, castelo com ares de boate, Dj com jeito de orquestra, globo de luz lembrando lustres raríssimos.<br />Em um dado momento, a música foi silenciada e a mestre de cerimônia fez a leitura de um texto que exprimia exatamente o que era completar 15 anos. E então, nobres cadetes e suas quinze damas entraram pelo salão lindamente decorado e tracejado por um tapete vermelho. Ajoelhados, os cadetes viram o desfile das aniversariantes e logo após, as donas da festa passaram por um corredor formado por espadas que se cruzavam, como a batiza-las para a entrada de um novo mundo.<br />Ao decorrer da cerimônia, o laço de fita foi trocado pela tiara de brilhantes, o vestido de babados, trocado pela roupa de gala, a sandália infantil, trocada pelo salto alto e finalmente, a boneca trocada pela maquiagem.<br />Exatamente ali, lembrei do ano em que debutei. Não houve festa, valsa, cerimônia. Confesso que o tempo passou e de repente eu já estava completando 15 anos. Era uma adolescente que por obrigação, cresceu antes do tempo. Tive que encarar a realidade bem antes da cinderela aparecer. </span></div><div style="TEXT-ALIGN: justify" align="justify"><span style="font-size:130%;">E como toda mocinha que se preze, experimentei um mundo de sensações, sentimentos, paixões arrebatadoras que só uma menina nesta idade sabe como é. As dores, nessa idade parecem maiores do que realmente são e a vida acaba no momento em que se "paga um mico" básico. Acredito até que o adolescente seja uma hipérbole. </span></div><div style="TEXT-ALIGN: justify" align="justify"><span style="font-size:130%;">Lembro que ganhei uma caixinha de música que tocava uma melodia triste, mas se perdeu no tempo e na tristeza dos momentos ruins e uma boneca de porcelana que tenho até hoje. As vezes, olho a boneca e volto ao passado. Recordo erros, os muitos erros e os acertos que não foram tantos assim. Muitas vezes, é lá que me escondo, na segurança e quietude do que passou. </span></div><div style="TEXT-ALIGN: justify" align="justify"><span style="font-size:130%;">Depois acordo, volto ao presente e vivo a realidade das minhas escolhas, do "destino" que eu mesma fiz. </span></div><div style="TEXT-ALIGN: justify" align="justify"><span style="font-size:130%;">Arrependimentos? Tenho sim e muitos. Quem não os tem? E se eu voltasse no tempo o que eu faria? Confesso que tudo outra vez.</span></div>Débora Guedeshttp://www.blogger.com/profile/03628887896595550558noreply@blogger.com0