Olhou o relógio. Faltava pouco para meia noite. Havia passado o dia com pensamentos obscuros, tristes, melancólicos. Sua alma estava repleta de vazios. Passou a pensar na vida, no passado, nas oportunidades que deixara para trás, nas incertezas do futuro e refletiu... Não sabia mais o que fazer de sua vida, ora tão monótona, sem cor, sem graça. Esperava a felicidade bater a sua porta, mas esta, nunca dava o ar de sua graça. Ligou um aparelho e começou a ver um filme triste. Chorou imaginado ser a atriz principal que morria depois de conhecer seu verdadeiro amor. Olhou a agenda telefônica e na lista tão extensa não havia um só número que ela podesse pedir socorro e sentiu-se ainda mais solitária. Queria chorar, gritar, mas conteve suas emoções e as derramou em duas gotas que escorriam sorrateiras por sua face. Cantarolou uma música do passado e este, se fez presente. Na impaciência que a tomava, se pôs a escrever palavras desconexas, como a querer exorcizar, em vão, os sentimentos que a dominavam. Por um momento olhou-se no espelho. Não reconhecia a imagem refletida. Aquela que via, não era ela, mas não sabia o que fazer para transformá-la na menina de outrora. Cansou-se de si e num lampejo de razão, acertou seus pensamentos, apagou as luzes, deitou-se em seu leito, cerrou os olhos e adormeceu.
2 comentários:
Essa menina aí é muito especial....não pode ficar triste não.......
Essa menina aí é muito especial....não pode ficar triste não.......
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